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Focado na investigação e de forma a explorar as potencialidades da utilização das águas termais em diferentes setores como saúde e bem-estar, cosmética, gastronomia e ainda sustentabilidade dos recursos hidrogeológicos, o projeto Aquae Vitae foi uma iniciativa pioneira liderada por um consórcio multidisciplinar e complementar.

Constituído pelo AquaValor – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água, pelo CIMO – Centro de Investigação de Montanha, pelo CeDRI – Centro de Investigação em Digitalização e Robótica Inteligente, pela UBI – Universidade da Beira Interior, pela TARH – Terra, Ambiente e Recursos Hídricos e pela FCUL – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o projeto Aquae Vitae – “Água Termal como fonte de vida e saúde” resultou de uma candidatura vencedora, submetida e aprovada pela Fundação “La Caixa” e BPI, no âmbito da edição 2020, projetos de I&D mobilizadores do “Programa PROMOVE – O Futuro do Interior”.

Assumindo um papel multidisciplinar, agregador de conhecimento e com vista ao desenvolvimento socioeconómico regional e nacional, o Aquae Vitae projetou a sua investigação na análise e caracterização do hidrogenoma de diferentes águas termais, bem como, na avaliação das suas bioatividades. Estes estudos proporcionaram um maior conhecimento dos benefícios das águas, abrindo caminho para a sua aplicação prática em tratamentos de saúde e de bem-estar. Além disso, o Aquae Vitae permitiu o desenvolvimento de produtos cosméticos inovadores, através da conjugação da água termal com incorporação de compostos bioativos de base natural resultantes de recursos endógenos e/ou resíduos agroindustriais. Tendo em conta a riqueza gastronómica da região, o Aquae Vitae ambicionou nas suas linhas de investigação e inovação, o desenvolvimento de bebidas e alimentos funcionais incorporando água termal como base de enriquecimento destes produtos. Esta abordagem combinou os benefícios da água termal com produtos regionais, contribuindo para a diversificação da oferta gastronómica da região. Por outro lado, a avaliação da sustentabilidade dos recursos hidrominerais e geotérmicos foi essencial para a compreender do potencial deste recurso no desenvolvimento socioeconómico do território, ao mesmo tempo que incentivou a adoção de práticas sustentáveis para a sua utilização.

O projeto Aquae Vitae afirmou-se como um projeto exemplar na valorização das riquezas naturais da região e na exploração responsável destes recursos, criando inovação, impulsionando a dinamização do território e gerando oportunidade de crescimento de diferentes setores. A iniciativa constituiu um marco importante na aplicação das águas termais em diferentes setores, apontando para um futuro promissor de desenvolvimento sustentável e integrado com a natureza.

O culminar do Aquae Vitae, aconteceu no dia 29 de abril, no Centro de Formação Agrícola Alves Teixeira, em Vidago, e foi marcado pela presença de diferentes entidades. Durante a cerimónia de encerramento os investigadores partilharam os resultados alcançados durante a execução do projeto e as suas perspetivas futuras que pretendem alcançar. O lançamento do Portfólio Gastronómico – Água termal: um ingrediente natural inovador na gastronomia, foi destaque no evento e contou com a presença da Chef Justa Nobre, do Chef Renato Cunha e do Chef Rui Mota, que foram desafiados a preparar receitas com água termal e produtos maioritariamente regionais. Além das receitas desenvolvidas pelos Chefs, o desafio foi mais longe: preparar infusões com água termal com o objetivo de se tornar uma opção do início ao fim da refeição (TEA Pairing), parceria que contou com a presença de Miguel Moreira, um dos fundadores da Infusões com História.

Pode consultar aqui os diferentes momentos que abrilhantaram o encerramento do projeto Aquae Vitae.

“No próximo dia 04 de abril de 2024, o AquaValor – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água, irá realizar o Seminário “Prevenção e Controlo de Legionella”.

O evento decorrerá no Auditório Eng. Luiz Coutinho, em Chaves, Portugal.

A participação no evento é gratuita, mas sujeita a INSCRIÇÃO OBRIGATÓRIA. A inscrição deve ser efetuada através do link: 

Mais informações sobre o Seminário seguem no cartaz de Apresentção.

O Aquavalor, instituição de investigação reconhecida pelo seu contributo para o desenvolvimento territorial, vai ter uma parceria com a Rádio Montalegre. Assim, será apresentada uma crónica semanal, todas as quintas-feiras, abordando temas relacionados com conhecimento científico e desenvolvimento regional.

Maria José Alves, diretora executiva do Aquavalor, abordou a dinâmica e importância desta parceria, destacando o compromisso da instituição em partilhar conhecimento e promover o território. Além disso, enfatizou o papel crucial do Aquavalor na criação de emprego, na disponibilização do ensino superior e no valor acrescentado que os recursos endógenos podem ter com a investigação.

“Através desta parceria com a Rádio Montalegre, vamos poder alcançar um público mais amplo e diversificado, levando informações relevantes sobre ciência e inovação diretamente para a comunidade local”, afirmou Maria José Alves.

A crónica semanal irá abordar uma variedade de temas, com o objetivo de sensibilizar e educar os ouvintes sobre as potencialidades do território e as oportunidades de desenvolvimento económico e social.

Esta parceria vai contribuir para o progresso e a valorização da região onde está inserido, promovendo a transferência de conhecimento e estimulando a inovação como motores essenciais para o desenvolvimento sustentável.

Os parceiros do projeto “AQUAPRED – Sistema de controlo e prevenção de contaminantes em águas mineromedicinais através de Inteligência Artificial” promoveram a sua apresentação pública no passado dia 1 de fevereiro no Balneário Termal de Laias, Ourense (Espanha).

Pré-aprovado no programa SUDOE para o quadro de 2021-2027, AQUAPRED é um projeto multiterritorial, multidisciplinar e interdisciplinar no âmbito da física, medicina, farmácia, química, biologia e informática com foco na monitorização e controlo da água termal/mineromedicinal dos balneários e na previsão de contaminantes, com base na digitalização de dados em tempo real dos parâmetros fundamentais da água mineromedicinal e na análise contínua desses mesmos dados por um sistema de Inteligência Artificial.

Liderado pela Universidade de Vigo, o consórcio formado por entidades de Espanha, Portugal e França irá desenvolver um sistema baseado em Inteligência Artificial que, com base nos dados obtidos, permitirá realizar um controlo preventivo automático sobre os elementos de tratamento da água que não interfira com as suas propriedades medicinais e desenvolver um modelo de Deep Learning que permita prever a possibilidade de aparecimento de contaminantes em tais águas (como por exemplo a Legionella ou a E. coli).

Trata-se assim de aplicar tecnologias de ponta ao controlo e gestão das águas mineromedicinais nos balneários termais do espaço SUDOE, com o triplo objetivo de minimizar a possibilidade de presença de contaminantes maximizando as propriedades medicinais das águas, aumentar a base científica sobre o comportamento das águas mineromedicinais e gerar um produto exportável a todos os balneários do mundo.

O projeto AQUAPRED conta com o apoio da Agência de Turismo da Galiza (pela Área de Turismo Termal) que apoiará o desenvolvimento e divulgação dos resultados do AQUAPRED na Galiza.

Cofinanciado com fundos do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), AQUAPRED terá um orçamento de 1 871 530,38 euros. O projeto tem como beneficiários a Universidade da Corunha, a Universidade Complutense de Madrid, os Balneários de El Raposo e de Hervideros, em Espanha, o AQUAVALOR – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água (CoLAB) e o Instituto Politécnico de Bragança, em Portugal, e o Instituto de Termalismo da Universidade de Bordéus, a Universidade de Pau e o cluster termal Aqui O Thermes, em França.

O projeto conta igualmente com a participação, como parceiros do projeto, do grupo Caldaria (Balneário de Laias) e o grupo Iberik (Balneário de Augas Santas) por parte de Espanha, e da Empresa Municipal de Equipamentos de Chaves (Termas de Chaves) e a Comunidade Intermunicipal de Viseu Dão Lafões, por parte de Portugal.

O Auditório do Pavilhão Multiusos de Montalegre acolheu, ontem, dia 27 de novembro, o evento “Alto Tâmega e Barroso 360º”, que juntou cerca de uma centena de participantes.  Esta iniciativa serviu para abordar várias temáticas no domínio do ambiente, sustentabilidade, demografia, inclusão, competitividade e inovação para a Região, nomeadamente, no que diz respeito às suas perspetivas e tendências para o futuro e, ainda, apresentar os estudos “Alto Tâmega 360º” e “Atlas da Água do Alto Tâmega”, bem como para abordar as linhas gerais do 2030 para o território do Alto Tâmega e Barroso. 

A manhã de trabalhos foi iniciada pela anfitriã Fátima Fernandes, Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, e por Fernando Queiroga, Vice-Presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT) e Presidente da Câmara Municipal de Boticas, que enalteceram a importância deste evento que destacou alguns aspetos chave do território, nomeadamente, o ponto de partida para o novo quadro comunitário de apoio que agora inicia.

Os cinco painéis que compuseram o programa da iniciativa contaram com diversas personalidades – Francisco Taveira Pinto (FEUP – Universidade do Porto), Ricardo Almendra (GeoAtributo), Pedro Chamusca (Universidade do Minho), Nuno Marques (Coordenador do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável), Ramiro Gonçalves (AquaValor/CIMAT), Maria José Alves (AquaValor) e Daniel Bessa (Administrador da Sociedade Portuguesa de Inovação) – com experiência e influência nas áreas acima referidas, que destacaram os passos largos que o território do Alto Tâmega e Barroso tem vindo a dar nestas temáticas, não esquecendo, no entanto, que, tal como outras regiões do país e do resto da Europa, tem ainda muitos aspetos a melhorar.

Outro assunto relevante e que tem causado grande preocupação aos autarcas do território é o dossiê dos Transportes. A Administração Central, em alguns aspetos, continua a delinear as normas para todo o país, não tendo em conta as especificidades de cada região. Por exemplo, a região do Alto Tâmega e Barroso não pode ser vista da mesma forma que é vista a Área Metropolitana de Lisboa. A questão da demografia é um problema que afeta a CIMAT e os autocarros têm de percorrer uma extensa área (quase três mil quilómetros quadrados), muitas das vezes, para transportar menos de dez passageiros. Estes custos tornam-se incomportáveis, uma vez que a receita da bilhética está muito longe de ser suficiente para cobrir os custos que isto acarreta.

Coube ao Primeiro Secretário Executivo da CIMAT, Ramiro Gonçalves, apresentar as linhas gerais do Pacto Desenvolvimento Local 2030 relativo à Região. Destacamos os mais de 90 milhões de euros da União Europeia para investimento no território onde as principais linhas serão: CIMAT + Inteligente, CIMAT + Verde, CIMAT + Social e CIMAT + Próxima dos Cidadãos. Espera-se no final um investimento total de mais de 107 milhões de euros em 206 projetos apoiados.

De referir que estiveram ainda presentes Nuno Vaz, Presidente da Câmara Municipal de Chaves, membros dos executivos dos municípios que compõem a CIMAT, o Presidente e Vice-Presidente da Assembleia Intermunicipal da CIMAT, Anselmo Martins e Nelson Montalvão, respetivamente, bem como membros desta Assembleia e do Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Intermunicipal da CIMAT.

Designação do projeto| FINANCIAMENTO BASE – LABORATÓRIO COLABORATIVO – Missão Interface

Código do projeto| Investimento RE-C05-i02 – Missão Interface N.º 01/C05-i02/2022

Objetivo principal| Apoiar o desenvolvimento do CoLab AquaValor, garantindo o reforço da investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação na área temática da Água, bem como a sua incorporação no sector económico.

Região de intervenção| Portugal

Entidade beneficiária| AQUAVALOR – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água Ass

Data de aprovação| 01-08-2022

Data de início| 26-02-2023

Data de conclusão| 30-03-2026

Investimento total| 2.3000.000,00 €

Custo total elegível| 2.3000.000,00 €

Apoio financeiro da União Europeia| Next Generation EU – 2 300.000,00€

Descrição do Projeto

A competitividade da economia regional depende da sua capacidade de renovar o seu tecido tecnológico e de incentivar o aparecimento de novas atividades, valorizando o conhecimento produzido no ecossistema regional (e nacional) de I&I. O Alto Tâmega, onde o AquaValor está sedeado é uma região rica em recursos naturais de elevado valor, únicos e inimitáveis, cuja valorização implica a criação de soluções baseadas em conhecimento permitam melhorar a sua utilização, disponibilidade e sustentabilidade global, com vista ao desenvolvimento do território.

Assim, este projeto visa apoiar a estratégia de I&I do AquaValor, permitindo que se torne num gatilho de inovação que contribua para o desenvolvimento e sustentabilidade regional, mas também para resiliência e a transição digital e verde de todo o país. O objetivo é desenvolver soluções científicas e técnicas relevantes para estes paradigmas e transferi-las para o sector económico através de iniciativas colaborativas de I&I com as principais partes interessadas. O projeto está estruturado em 4 áreas de I&D: 1) Saúde; 2) Alimentos & Bebidas; 3) Cosméticos & Cosmecêuticos e 4) Sistemas de Informação & Tecnologias Digitais. Esta abordagem multifacetada visa abordar desafios específicos em cada uma destas áreas, promovendo a inovação interdisciplinar e a aplicação prática dos resultados obtidos.


Cofinanciado por:

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