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Designação do projeto| INOV@LHEIRA – Inovação e transformação da alheira tradicional explorando o potencial da formulação e das tecnologias de conservação

Código do Projeto| COMPETE2030-FEDER-01204600

Região de intervenção| NORTE

Entidades beneficiárias| FUMEINOR – Indústria de Fumeiro e Conexos Lda. | AquaValor – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água – Associação | MORE – Laboratório Colaborativo Montanhas de Investigação – TAGUSVALLEY – Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Tecnopólo do Vale do Tejo – Associação

Data de aprovação| 14/08/2024

Data de início| 01/01/2025

Data de conclusão| 31/12/2027

Investimento total| 787.211,84 €

Apoio financeiro da União Europeia| FEDER – 637.963,21 €

Equipa AquaValor| Maria José Alves (PI) / Rafaela Guimarães (Investigadora) / André Lemos (Investigador) / Luís Pinto (Investigador) / Jani Silva (Investigadora) / Juliana Garcia (Investigadora)

Descrição do Projeto

O projeto INOV@LHEIRA visa promover a inovação na indústria dos enchidos, nomeadamente da Fumeinor e da produção de alheira tradicional, através da investigação e desenvolvimento de processos de produção e conservação da massa de alheira como forma de obter produtos diferenciadores. Neste projeto, irá ser realizado: o levantamento das especificações técnicas dos produtos a desenvolver e dos ingredientes a incorporar; a implementação de novas tecnologias de conservação; o desenvolvimento de novos produtos e processos com vista à obtenção de produtos inovadores à base de massa de alheira; a avaliação do perfil nutricional, tecnológico e sensorial das formulações de massa de alheira desenvolvidas; a determinação da estabilidade e do tempo de prateleira dos produtos desenvolvidos. Desta forma, o projeto pretende determinar os processos de produção e conservação a ser aplicados para a obtenção de massa de alheira, levando ao desenvolvimento de produtos nutricionalmente mais equilibrados. Durante um período de 36 meses, o projeto INOV@LHEIRA será desenvolvido por um consórcio multidisciplinar e com comprovada experiência no âmbito do projeto, aqui composto por uma empresa, o líder Fumeinor, e três entidades do Sistema de I&I, AquaValor, MORE CoLAB e TAGUSVALLEY, que aportam todos os conhecimentos técnico-científicos necessários à sua correta execução.

Objetivos

1) Desenvolver um novo produto pronto-a-comer massa de alheira a ser comercializada em embalagem sem tripa, mantendo as propriedades organoléticas da alheira tradicional, sem adição de conservantes e com tempo de prateleira de seis meses;

2) Desenvolver uma massa de alheira funcional pela incorporação de ingredientes/extratos (ex.: fitoesteróis, fibras alimentares), sem adição de conservantes e com tempo de prateleira de seis meses;

3) Desenvolver um processo sustentável em termos de custo-benefício e baixo impacto ambiental para conservar os produtos desenvolvidos;

4) Demonstrar à escala relevante a produção dos produtos e o processo desenvolvido.

Principais Resultados (esperados)

Produtos

i) Uma massa de alheira pronta-a-comer, com as características organoléticas (sabor a fumo e textura granulosa) semelhantes a alheira tradicional, sem adição de conservantes, e acondicionada numa embalagem de acordo com a tecnologia de conservação selecionada (eliminação da etapa do enchimento em tripa)

ii) Uma massa de alheira funcional pela incorporação de ingredientes/extratos (ex.: fitoesteróis, fibras alimentares), que possa auxiliar na redução do colesterol.

Processo

– Obter um processo de conservação da “massa da alheira” que permita eliminar os aditivos químicos adicionadas no processo de produção da alheira tradicional, bem como aumentar o tempo de prateleira para 6 meses (atualmente, 2 meses em contexto comercial).

Atividades

Atividade 1 – Estudo do processo de produção da massa de alheira

Otimização do processo de produção de massa de alheira, considerando a introdução de alterações ao nível da formulação e das condições de algumas etapas do processo de fabrico, comparativamente com o processo da alheira tradicional acondicionada em tripa.

Atividade 2 – Estudo da funcionalização da massa de alheira

Estudo da funcionalização da massa de alheira desenvolvida anteriormente com esteróis e/ou fibras.

Atividade 3 – Investigação de diferentes tecnologias de conservação e embalamento

Estudo e otimização do processo de conservação dos produtos desenvolvidos nas atividades anteriores, considerando três tecnologias de conservação para o efeito (um térmica e duas não-térmicas).

Atividade 4 – Demonstração dos produtos e processos

Caracterização nutricional e sensorial dos produtos desenvolvidos a nível industrial, assim como a confirmação do tempo de prateleira através da avaliação da segurança microbiológica.

Atividade 5 – Disseminação, comunicação e exploração dos resultados do projeto

Realização de tarefas relacionadas com a promoção e disseminação dos resultados do projeto.

Atividade 6 – Gestão do projeto

Realização das principais tarefas e marcos de gestão do projeto e gestão do conhecimento e propriedade intelectual, garantindo a integração e coesão entre as diferentes etapas do projeto.


Cofinanciado por:

Focado na investigação e de forma a explorar as potencialidades da utilização das águas termais em diferentes setores como saúde e bem-estar, cosmética, gastronomia e ainda sustentabilidade dos recursos hidrogeológicos, o projeto Aquae Vitae foi uma iniciativa pioneira liderada por um consórcio multidisciplinar e complementar.

Constituído pelo AquaValor – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água, pelo CIMO – Centro de Investigação de Montanha, pelo CeDRI – Centro de Investigação em Digitalização e Robótica Inteligente, pela UBI – Universidade da Beira Interior, pela TARH – Terra, Ambiente e Recursos Hídricos e pela FCUL – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o projeto Aquae Vitae – “Água Termal como fonte de vida e saúde” resultou de uma candidatura vencedora, submetida e aprovada pela Fundação “La Caixa” e BPI, no âmbito da edição 2020, projetos de I&D mobilizadores do “Programa PROMOVE – O Futuro do Interior”.

Assumindo um papel multidisciplinar, agregador de conhecimento e com vista ao desenvolvimento socioeconómico regional e nacional, o Aquae Vitae projetou a sua investigação na análise e caracterização do hidrogenoma de diferentes águas termais, bem como, na avaliação das suas bioatividades. Estes estudos proporcionaram um maior conhecimento dos benefícios das águas, abrindo caminho para a sua aplicação prática em tratamentos de saúde e de bem-estar. Além disso, o Aquae Vitae permitiu o desenvolvimento de produtos cosméticos inovadores, através da conjugação da água termal com incorporação de compostos bioativos de base natural resultantes de recursos endógenos e/ou resíduos agroindustriais. Tendo em conta a riqueza gastronómica da região, o Aquae Vitae ambicionou nas suas linhas de investigação e inovação, o desenvolvimento de bebidas e alimentos funcionais incorporando água termal como base de enriquecimento destes produtos. Esta abordagem combinou os benefícios da água termal com produtos regionais, contribuindo para a diversificação da oferta gastronómica da região. Por outro lado, a avaliação da sustentabilidade dos recursos hidrominerais e geotérmicos foi essencial para a compreender do potencial deste recurso no desenvolvimento socioeconómico do território, ao mesmo tempo que incentivou a adoção de práticas sustentáveis para a sua utilização.

O projeto Aquae Vitae afirmou-se como um projeto exemplar na valorização das riquezas naturais da região e na exploração responsável destes recursos, criando inovação, impulsionando a dinamização do território e gerando oportunidade de crescimento de diferentes setores. A iniciativa constituiu um marco importante na aplicação das águas termais em diferentes setores, apontando para um futuro promissor de desenvolvimento sustentável e integrado com a natureza.

O culminar do Aquae Vitae, aconteceu no dia 29 de abril, no Centro de Formação Agrícola Alves Teixeira, em Vidago, e foi marcado pela presença de diferentes entidades. Durante a cerimónia de encerramento os investigadores partilharam os resultados alcançados durante a execução do projeto e as suas perspetivas futuras que pretendem alcançar. O lançamento do Portfólio Gastronómico – Água termal: um ingrediente natural inovador na gastronomia, foi destaque no evento e contou com a presença da Chef Justa Nobre, do Chef Renato Cunha e do Chef Rui Mota, que foram desafiados a preparar receitas com água termal e produtos maioritariamente regionais. Além das receitas desenvolvidas pelos Chefs, o desafio foi mais longe: preparar infusões com água termal com o objetivo de se tornar uma opção do início ao fim da refeição (TEA Pairing), parceria que contou com a presença de Miguel Moreira, um dos fundadores da Infusões com História.

Pode consultar aqui os diferentes momentos que abrilhantaram o encerramento do projeto Aquae Vitae.

O Aquavalor, instituição de investigação reconhecida pelo seu contributo para o desenvolvimento territorial, vai ter uma parceria com a Rádio Montalegre. Assim, será apresentada uma crónica semanal, todas as quintas-feiras, abordando temas relacionados com conhecimento científico e desenvolvimento regional.

Maria José Alves, diretora executiva do Aquavalor, abordou a dinâmica e importância desta parceria, destacando o compromisso da instituição em partilhar conhecimento e promover o território. Além disso, enfatizou o papel crucial do Aquavalor na criação de emprego, na disponibilização do ensino superior e no valor acrescentado que os recursos endógenos podem ter com a investigação.

“Através desta parceria com a Rádio Montalegre, vamos poder alcançar um público mais amplo e diversificado, levando informações relevantes sobre ciência e inovação diretamente para a comunidade local”, afirmou Maria José Alves.

A crónica semanal irá abordar uma variedade de temas, com o objetivo de sensibilizar e educar os ouvintes sobre as potencialidades do território e as oportunidades de desenvolvimento económico e social.

Esta parceria vai contribuir para o progresso e a valorização da região onde está inserido, promovendo a transferência de conhecimento e estimulando a inovação como motores essenciais para o desenvolvimento sustentável.

As instalações do AgroValor, o mais recente pólo do AquaValor – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água, situadas na cidade de Valpaços, foram inauguradas na passada sexta-feira, dia 14 de julho, contando com a presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

Este Centro Tecnológico Agroalimentar que vai servir os seis municípios do território – Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar – é visto como um meio de acrescentar valor aos produtos endógenos da região, como é o caso do vinho, do azeite, do mel, da castanha, entre outros.

“O AgroValor é uma instanciação do AquaValor numa perspetiva de acrescentar valor em outros recursos endógenos que não só a água”, explicou Ramiro Gonçalves, Diretor Executivo do AquaValor e Primeiro Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT), acrescentando que “o território é servido por outros produtos endógenos e necessitamos de uma estrutura que também consiga incorporar esse valor nesses mesmos produtos. Temos várias dinâmicas em simultâneo e pretendemos dar hoje sinal disso mesmo perante a senhora Ministra e perante o Presidente da CCDR-N, porque queremos claramente sinalizar este projeto do AgroValor como sendo um projeto que deverá ter, no novo quadro comunitário de apoio, o mesmo tipo de atenção que o AquaValor teve no quadro comunitário atual”.

De acordo com Luís Pais, Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), um dos associados do AquaValor, “este é um dia muito feliz para o IPB e para a região pela inauguração do AgroValor em Valpaços, sendo um sinal claro de afirmação do Instituto e em como queremos continuar presentes nesta região. O AgroValor vai acrescentar ainda mais valor aos produtos endógenos do território do Alto Tâmega e Barroso”.

Por fim, Ana Abrunhosa destacou o facto de o AquaValor, e agora com a criação deste novo pólo, o AgroValor, ser um instrumento crucial de captação e fixação de pessoas altamente qualificadas no território, e realçou, ainda, que este “é um dos melhores exemplos que temos de boa aplicação de fundos europeus. É um exemplo de como territórios como este não estão ‘condenados’. É um exemplo de como se podem criar pólos de conhecimento e de valor, desde que haja liderança política, como é o caso, e que esta proporcione parcerias adequadas, como a parceria com o IPB, que foi absolutamente determinante, somando o apoio da CCDR-N, bem como com os privados”.

Esta inauguração marcou o encerramento do V AQUAFORUM – Fórum Europeu de Investigação, Inovação e Valorização da Água Mineral Natural, que decorreu no Auditório Arte e Cultura Luis Teixeira, em Valpaços, tendo todos os presentes sido convidados a uma visita guiada por este novo pólo, situado nas instalações do antigo Lar das Freiras, bem no coração da cidade valpacense.

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