– Vidago foi palco do IV AQUAFORUM – Fórum Europeu de Investigação, Inovação e Valorização da Água Mineral Natural

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O Vidago Palace Hotel, no concelho de Chaves, acolheu mais uma vez o AquaFórum do Alto Tâmega e Barroso. A quarta edição deste evento decorreu no passado dia 2 de dezembro.

Mais uma vez, a água, recurso agregador que une os seis municípios do Alto Tâmega e Barroso – Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar –, foi potenciada nas suas mais variadas vertentes, desde a agricultura, o turismo, a energia e as termas. Para além disso, foi ainda dada grande importância à escassez da mesma, uma realidade que assola vários territórios do país, nomeadamente a região do Alto Tâmega e Barroso, e como a sua utilização deve ser moderada, bem como a prevenção das perdas que ainda existem devido às condições precárias de algumas das infraestruturas que a transportam até às casas dos cidadãos. No entanto, no que diz respeito a este último ponto, foi possível observar uma grande evolução no nosso país que se traduz em percentagens de perda cada vez menores.

Nesta quarta edição do Aqua Fórum estiveram então presentes personalidades e representantes de várias identidades que olham para os recursos hídricos e os exploram como forma de potenciar o crescimento turístico e económico da região do Alto Tâmega e Barroso.

A iniciativa foi composta por três painéis: no primeiro painel o tema central foi “A água como elemento agregador de saúde e bem-estar”; no segundo falou-se em torno do tema “A importância da água no futuro estratégico do país”; o terceiro e último painel teve como assunto principal “A água como um fator primordial no desenvolvimento sustentável”.

“O bom entendimento que existe entre os seis autarcas da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso fez com que nós, em vez de andarmos sempre com a mão estendida a pedir clemência e que nos tragam qualquer coisa, apresentássemos uma solução. E naturalmente que temos de partir dos nossos produtos endógenos. O elemento mais agregador dos seis municípios é a água. Seja na sua vertente turística, gastronómica, económica, agrícola, é o elemento comum dos seis municípios”, realçou Fernando Queiroga, Presidente do AquaValor – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água.

Inevitavelmente, a perda de população nas regiões do Interior voltou a ser um assunto falado neste Fórum. Neste sentido, Fernando Queiroga referiu que, apesar de a região ter outros recursos endógenos, a água foi a “alavanca” para captar capacitação, inovação e tecnologia para o território para que assim seja possível acrescentar mais valor a todos os outros produtos que existem no território, sendo importante que “esse valor fique no território, para que as pessoas continuem a produzir os produtos de excelente qualidade que já se produzem neste território e, naturalmente, fixar aqui gente. Esta NUT III perdeu muita gente e, então, nós temos aqui uma responsabilidade acrescida. Portanto, só conseguimos inverter essa tendência criando mais-valias, capacitação e melhores condições de vida para que as pessoas venham. É isso que temos feito. Isto não se consegue de um ano para o outro, mas já se está a notar porque há mais empresas a fixar-se na região”.

O também Presidente da Câmara Municipal de Boticas destacou ainda o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo AquaValor no âmbito da investigação e, consequentemente, na valorização do território através dessas mesmas funções.

Por sua vez, Nuno Vaz, Presidente da Câmara Municipal de Chaves, salientou a capacidade que territórios como o Alto Tâmega e Barroso têm para a fixação dos seus jovens e também para atrair mais gente qualificada: “Centrando-nos na água, queremos dar essa tónica, ainda que queiramos continuar com mais conhecimento, ser mais eficientes e mais focados. Podermos, naturalmente, apostar também noutras áreas de desenvolvimento económico e, com isto, criar as condições para que mais empresas se fixem, para que se possa gerar mais empregabilidade. Todos nós temos a consciência de que as exigências são grandes, que existe uma grande competição territorial, e nessa lógica faz todo o sentido que mobilizemos todos os recursos, todas as capacidades e todas as competências para que efetivamente possamos ter um território que se possa afirmar e que se possa, naturalmente, criar todas as condições para podermos competir num plano superior”.

Isabel Ferreira, Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, marcou presença no evento e destacou que “nos territórios do Interior nota-se uma grande dinâmica, nomeadamente na atração de estrangeiros, mas esse saldo migratório não tem sido suficiente para equilibrar o saldo natural porque efetivamente nascem menos pessoas. E, portanto, nós temos de saber adaptar a nossa estratégia a esta realidade, mas tornar os territórios funcionais. Para isso precisamos de ter pessoas e pessoas cada vez mais qualificadas. E para atrair pessoas precisamos de ter emprego qualificado e diversificado. Este é, sem dúvida, o caminho, o caminho em que as entidades de governação local, os municípios, se associam numa estratégia que têm para o seu território com base nos recursos endógenos e que os encaram como uma oportunidade. E em que se associam a outros atores do território que são relevantes, como as instituições de ensino superior, os centros de investigação, os laboratórios colaborativos e as empresas, e todos trabalham na mesma estratégia”.

A representante do Governo português referiu ainda que a água “é uma das soluções [para o desenvolvimento do território]”.

Outro ponto muito focado por estes três intervenientes foi o regresso do ensino superior público ao território do Alto Tâmega e Barroso. Uma realidade muito recente, e mais um passo dado na fixação e atração de pessoas qualificadas.

A 4ª edição do AquaFórum do Alto Tâmega e Barroso teve a organização da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso em parceria com o AquaValor – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água.


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